terça-feira, 17 de abril de 2012

A II Guerra Mundial em poucos minutos


domingo, 22 de janeiro de 2012

Liberdade e Propaganda

1. Maniqueísmo


É certo que nos podemos queixar de vários defeitos da democracia, sendo um dos seus maiores, a pobreza económica que a tudo veda o acesso e o usufruto. É mesmo possível questionarmo-nos sobre o valor da democracia se, sob um outro regime qualquer, pudermos ter acesso, pelo menos, a habitação digna, trabalho justamente remunerado e à paz que advém da segurança. Na verdade, apenas intelectos mais maniqueístas serão incapazes de encontrar uma qualquer vantagem em regimes totalitários, assim como desvantagens nos regimes democráticos. Tal como em muitas outras coisas na vida, correremos o risco de cometer o erro da análise simplista, se nos habituarmos a utilizar com ligeireza as classificações de bom e de mau para todos os fenómenos que conhecemos ou testemunhamos, política incluída. O mundo não é pintado a branco e preto, antes, entre a totalidade e o nada existe uma imensa, quase infinita, variedade de cores e de gradações. Assim, para tomarmos partido pelas coisas, somos, a mais das vezes, obrigados a pesar bem os prós e os contras, isto é, a colocar nos pratos da balança do nosso juízo os aspetos negativos e os positivos, vermos quais pesam mais e tirarmos as nossas próprias conclusões. É por isso que ainda não conheço nenhum regime político mais completo do que a democracia. Não que esta não seja imperfeita e limitada. De facto, é-o e muito. A grande vantagem deste regime inventado há mais de 2500 anos, em comparação com outros bem mais recentes, é a sua capacidade de se auto-corrigir. Uma das coisas que mais caracterizam os regimes experimentados no século passado é o seu monolitismo, a sua incapacidade de regeneração e de adaptação às mudanças.


2. Liberdade


Dos direitos garantidos em Constituição e que asseguram, em democracia, algumas liberdades fundamentais dos cidadãos, destacam-se, para que este tipo de regime político possa ter o dinamismo suficiente para se aperfeiçoar, os que à expressão e à associação dizem respeito. Reza o provérbio que da discussão nasce a luz. Podemos, por vezes, sentir-nos um povo pobre e injustiçado mas somos livres de nos associarmos, debatermos ideias, mesmo que contrárias às dos governantes, e, finalmente, criarmos movimentos e partidos através dos quais podemos propor e defender projetos para o país. A quem perguntar se é só para isto que serve a liberdade, lembro que falar da liberdade é como falar da saúde: damos-lhes valor quando não as temos. Se mesmo assim não for suficientemente convincente, aconselho a emigração, mesmo que temporária, para um país como, por exemplo, a Coreia do Norte.


3. Debate


Penso que a questão de optar entre democracia e ditadura é relativamente simples para a maioria das pessoas. Nos regimes ditatoriais, a inclinação dos pratos da balança das vantagens e desvantagens é de tal forma acentuada que não permite muitas dúvidas. Mas… se pretendermos escolher entre diferentes regimes democráticos? Não me refiro a democracia popular, versus, democracia parlamentar, mas sim a democracias parlamentares cuja diferença mais evidente reside apenas na figura do Chefe de Estado. Monarquia e república. Tentemos colocar num dos pratos da balança as desvantagens de se viver em monarquias parlamentares como as do Reino Unido, Austrália, Suécia, Noruega, Dinamarca, Canadá, Japão, Espanha, Bélgica, Liechtenstein, Luxemburgo, Mónaco, Holanda e, no outro prato, as vantagens de se viver em repúblicas parlamentares como as da Alemanha, Finlândia, Áustria, Itália, Irlanda, Polónia, República Checa, Índia, Israel, Hungria, Islândia, Grécia, Portugal. Com certeza encontraremos algumas dificuldades dificilmente ultrapassáveis.


4. Propaganda


O debate é o terreno privilegiado da Liberdade de Expressão e, por isso, tantas vezes valorizado nas escolas, principalmente em áreas disciplinares como a Formação Cívica mas também na disciplina de História e outras. O debate permite, para além da aprendizagem do respeito pela opinião alheia, a construção crítica dos nossos próprios conhecimentos. Situa-se no lado oposto da propaganda, por vezes muito justamente apelidada de “lavagem ao cérebro”. A propaganda é um dos mais fortes pilares dos totalitarismos, para o exercício da qual era comum as ditaduras do século XX reservarem um ministério. Sabemos, no entanto, que as democracias modernas, não tendo Ministério da Propaganda, praticam-na ainda assim, usando certos subterfúgios, tais como o controlo de meios de comunicação de massas.


5. Prática


Comemorou-se, em outubro de 2010, o Centenário da República em Portugal. Nas escolas deste país, onde tanto se procura valorizar as virtudes da liberdade e da democracia, discutiu-se realmente a república ou fez-se propaganda política? Não será já tempo de amadurecermos o exercício da liberdade de expressão fomentando o debate, principalmente acerca dos assuntos que julgamos ser mais melindrosos? Ou, apontando para um cenário bem mais preocupante, teremos ainda algum medo da palavra livre pela simples razão de recearmos estar enganados?


A laranja as repúblicas sem presidente executivo e a azul-claro as repúblicas com
presidente executivo submetido ao parlamento. As monarquias constitucionais são mostradas a vermelho.
Clicar na imagem para a ampliar.

NOTAS

Texto censurado na 1ª edição do jornal O Távora, publicada em Junho de 2011. Os assuntos tratados diziam respeito às atividades de 2010, das quais fizeram parte as comemorações do Centenário da República. Este artigo de opinião foi escrito a convite dos responsáveis do jornal mas impedido de ser publicado por conter "uma linguagem demasiado complexa" para o público a que o jornal se destina e também por estar "mal escrito"... No seu lugar saiu o artigo (muito interessante, diga-se) da professora Olinda Alves (páginas 15 e 16).
Mais informação sobre a censura, assunto que faz parte dos conteúdos do 9.º Ano de História, pode ser encontrada, por exemplo, nos seguintes locais:
1
2
3
4
Sobre o maniqueísmo.

domingo, 13 de novembro de 2011

Conímbriga - Reconstrução virtual em 3D



Conímbriga na Wikipédia.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

A Revolução Russa

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Tratado de Paz de Ayllon-Segóvia

Batalha de Aljubarrota

Comemoram-se hoje os 600 anos do Tratado de Paz assinado entre Castela e Portugal que pôs termo à guerra entre as duas nações iniciada com a Crise de 1383-1385.
Eis o artigo publicado no sítio Opera Mundi:

"Mediante o Tratado de Paz de Ayllon-Segóvia, a Castela espanhola reconhece Portugal, pondo um termo à crise dinástica de 1383-1385. A morte de Fernando I de Portugal em 1383 fez vir à tona as tentativas de anexação do reino português pela coroa de Castela. Apesar de as Cortes de Coimbra terem escolhido, em 1385, um novo rei, João I de Portugal, o rei João I de Castela não desistiu de tentar conquistar um novo reino para si e invadiu Portugal.

O exército castelhano era muito mais numeroso mas, mesmo assim, foi derrotado na Batalha de Aljubarrota (14 de agosto de 1385) graças à tática inventada naquela altura à qual deram o nome de "tática do quadrado" . João I o Bom (1358-1433), Grão-mestre da Ordem de Aviz, se apodera do trono depois da vitória esmagadora sobre as tropas castelhanas. Os exércitos portugueses foram comandados, mais uma vez, por Nuno Álvares Pereira, nomeado por João I de Portugal Condestável do Reino.

Em 31 de outubro de 1411 foi assinado um tratado de paz entre os reinos de Castela e de Portugal em Ayllon. O acordo também incluía a França e Aragão. O tratado foi ratificado pelos dois reis. No entanto, foi feita uma nova ratificação do tratado quando D. João II de Castela atingiu a maioridade, em 30 de abril de 1423. O acontecimento ainda fazia parte dos problemas vividos entre as duas mais importantes coroas ibéricas durante a crise de 1383-1385.

As tréguas eram extremamente importantes para Portugal, pois permitiam a manutenção da praça de Ceuta. Entretanto, a paz definitiva só foi alcançada pelo Tratado de Medina del Campo, assinado em 30 de outubro de 1431. D. João I, o monarca português, enviou a Castela, como seus embaixadores, Pedro e Luís Gonçalves Malafaia, assistidos por Rui Fernandes e pelo secretário Rui Galvão.

Antes desta data, o período de paz conseguido pelas tréguas permitiu retomar o povoamento das zonas limítrofes e fixar as populações. Permitiu também que fosse implementado o comércio nas áreas fronteiriças, com a retomada das seculares relações de vizinhança entre as povoações dos dois lados.

A situação de conflito com Castela foi mantida até 1411 e acabou endividando o país com as despesas de guerra. Contudo, a fase vivida entre esta data e a assinatura definitiva do tratado de paz afastou por completo a ameaça de uma invasão castelhana, embora não tivesse desvanecido um permanente clima de tensão entre estes dois reinos.

Durante todo o reinado de D. João I, o país viveu sob esta ameaça e num clima de suspeição relativamente a Castela, embora Portugal tenha encontrado uma boa alternativa ao voltar-se para Marrocos e para o Atlântico, enquanto o rei de Espanha se ocupava da conquista de Granada, o último reduto muçulmano na Península."

Opera Mundi - Hoje na História: 1411 - Tratado de paz entre os reinos de Castela e de Portugal é assinado

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Atendedor de chamadas de uma escola pública na austrália

Pode não ser verdade que esta escola tenha esta mensagem no atendedor de chamadas, mas lá que há umas verdades na mensagem, isso há!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

WE ARE NOT IN THE MOODY'S - powered by Portugal

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

BOOK - Último grito da tecnologia!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Boas férias!


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sexta-feira, 10 de junho de 2011

“Faltam 200 dias – CEC 2012”


2012 crianças de 12 anos vão dar vida ao logótipo da Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura.
A iniciativa, promovida pela Tempo Livre e pela Fundação Cidade de Guimarães, está agendada para o próximo dia 15 de Junho, a partir das 10h30. O Castelo de Guimarães – enquanto símbolo e ex-líbris da cidade – é o local escolhido para ver nascer o logótipo da Guimarães 2012. “Faltam 200 dias – CEC 2012” é apenas a primeira de uma série de acções que pretendem reforçar o envolvimento da população e consolidar mecanismos de identidade dos vimaranenses para com o projecto.
Durante o complexo processo de edificação do logótipo humano, nenhum aspecto será deixado ao acaso. Para a elaboração desta moldura humana, a organização convocará crianças que integram o sistema de ensino público e privado dos concelhos de Guimarães e Vizela. Desta forma, também a comunidade escolar tem a oportunidade de participar de forma activa no projecto. O número “2012” assume-se como o denominador comum a esta acção, bem como a outras actividades levadas a cabo pela Tempo Livre e pela Fundação Cidade de Guimarães.
O processo de concepção do logótipo assenta em três fases distintas. A primeira é reservada à entrada em cena das crianças, totalmente vestidas de branco, e que tem como objectivo delimitar o espaço onde deverá “nascer” a imagem de marca da Capital Europeia da Cultura. Num segundo momento, será possível vislumbrar a frase “Faltam 200 dias” – que, aliás, é o mote da iniciativa. A construção do logótipo só será dada por concluída depois de nela figurar a mensagem “Guimarães 2012 CEC”. Um espectáculo musical, ao qual se seguirá uma largada de 2012 pombos brancos, assinala o encerramento da acção.

Os autocarros recolhem os alunos no horário definido e dirigem-se para o local do evento.

Os meninos dirigem-se ao Ponto de Acreditação onde recebem uma t-shirt e uma garrafa de água. De seguida são encaminhados para o espaço de formação (onde dispomos de coordenadores).

Os senhores professores devem dirigir-se para o espaço destinado aos convidados, onde poderão acompanhar o desenvolvimento da actividade.

Durante a formação está prevista animação.

Concluída a actividade, cada agrupamento será chamado (à voz do speaker de serviço) a reunir para a partida. Neste momento, os senhores professores devem aproximar-se do grupo respectivo e encaminhar-se para o Ponto de Acreditação onde os meninos receberão o seu lanche.

De seguida dirigem-se para o autocarro respectivo (devidamente identificado com placa alusiva ao estabelecimento de ensino).



No local da actividade existem pontos de acreditação e colaboradores preparados para responder e apoiar os participantes.

Para que a actividade resulte é fundamental o cumprimento dos horários de transporte, nesse sentido, agradecemos antecipadamente o trabalho extraordinário que estão a desenvolver com os alunos.



Resumo:

Partida da Escola: 9h15

Ponto de Acreditação: Ponto B

Distribuição de 1 t-shirt + 1 garrafa de água / aluno.

Professores - > Dirigem-se para o espaço reservado aos convidados.

Speaker - > Orienta todas as operações.

Fecho - > Alunos e professores de cada estabelecimento de ensino devem agrupar-se à ordem do speaker para operação de regresso. Concentração no Ponto de Acreditação respectivo.

Ponto de Acreditação -> Distribuição de 1 lanche / aluno.

Transporte - > Grupo deve dirigir-se para o autocarro respectivo.